segunda-feira, 30 de abril de 2012

A CIA DO AR NO JORNAL/FÓRUM - SÉCULO XXI


http://www.forumseculo21.com.br/noticias4388,a-cia-do-ar-e-os-planos-para-a-industria-criativa.html

      Com quinze anos de circulação ininterrupta, tendo chegado em sua 129ª edição mensal (impressa) , no último mês de março, o Fórum Século XXI sempre foi um parceiro da cultura e da economia criativa na região.


       Em sua recente edição, o  jornal do diretor e jornalista Dib Curi (foto), traz uma matéria sobre a Cia do Ar ações em cultura, empresa de produção cultural do artista e empreendedor Arnaldo Luis Miranda, cujas novas instalações foram apresentadas no último dia 19/04, em recepção na sobreloja do Edifício Galeria Central, onde a sala da Cia está funcionando (sala 201 - 3066-2829). Mais informações com Tatiely.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

RITO DE PASSAGEM: Cia do Ar inaugura suas instalações


Com lançamento de 'Cadastro Criativo' produtora 
cultural inaugura sede e disponibiliza banco de dados
integrando profissionais de toda a região serrana do RJ

Inauguração foi uma confraternização de amigos e parceiros

            Mais do que uma festa. Além de uma agradável recepção, em que amigos e parceiros tiveram oportunidade de se confraternizarem, ao som de boa música e diversidade artística.  Foi também uma noite genuinamente friburguense, que começou com a música (voz e violão) de Ney Velloso e brindou ainda os presentes com outras manifestações artísticas - exatamente para mostrar a diversidade cultural da cidade. Foi assim na última quinta-feira, 19, a inauguração das instalações da Cia d o Ar. ações em cultura, empresa do artista e empreendedor cultural, Arnaldo Luis Miranda, também comumente chamado "Ar", que recepcionou amigos, autoridades e parceiros, em clima festivo, marcando o que ele mesmo chamou de rito de passagem: o início de uma nova etapa da empresa que mantém há mais de dez anos na cidade, sempre apostando no potencial regional para a economia criativa.
A recepção aconteceu a partir das 19 horas, na sobreloja do Edifício Galeria Central, onde a Cia do Ar passa a funcionar: rua Doutor Ernesto Brasílio, 14/sl 201 (próximo ao antigo Fórum Júlio Vieira Zamith, e onde funciona atualmente a Secretaria/Casa de Cultura).
Além de Ney Velloso (irmão do cantor também friburguense, Benito Di Paula); performance de Dalmo Latini, exposição (tela em acrílica ‘Chegada’, de Dirce Montechiari e fotografias de Regina Lo Bianco), o grupo instrumental Tocaz, abrilhantaram o evento.

Completo birô a serviço da arte-cultura na região

     Além de espaço voltado para a cultura, oferecendo um completo birô de serviços a artistas e profissionais do setor, a Cia do Ar. também vai disponibilizar um banco de dados dos profissionais da economia da cultura serrana. Trata-se do Cadastro Criativo, integrando informações de toda a região serrana do Rio de Janeiro.
     Desta forma, atores, atrizes e modelos de todas as idades; diretores de arte, editores de vídeo, cenógrafos, figurinistas, diretores de vídeo, operadores de luz, operadores de som direto, roteiristas, operadores de câmera; instrumentistas, arranjadores, vocalistas, editores de partituras (copistas); ilustradores, fotógrafos, programadores visuais (suporte impresso e virtual), bem como tradutores, revisores de texto; estúdios de áudio, estúdios de edição de vídeo, empresas de evento, buffets e empresas de iluminação estão sendo convocadas a se inscreverem no banco de dados da economia da cultura serrana, que estará disponível na página da empresa na web www.ciadoar.net [em construção].
   Assim, a Cia do Ar. poderá indicar nomes de profissionais a empresas e/ou outros profissionais em todo o País, que buscam recursos humanos e/ou serviços no setor da economia criativa. Da mesma forma, empresas que recrutam quaisquer um desses profissionais poderá contatar a Cia, também através do telefone 3066-2829 (falar com Tatiely) ou pelo e-mail: ciadoar.cultura@gmail.com.

Secretário destaca: “Nova Friburgo será a segunda cidade no Estado com todos os mecanismos de fomento cultural funcionando”

Beto Grillo (e), o secretário David Massena (Cultura) e Ar.

   Entre os presentes, coube ao secretário municipal de Cultura, jornalista David Massena (ainda acompanhado do subsecretário Beto Grillo) fazer um rápido pronunciamento abrindo a recepção. Falando de sua ligação com Arnaldo desde a adolescência de ambos, o secretário lembrou que o artista foi o fundador do grupo Teatro Amador do Colégio Anchieta (Taca) e mencionou ainda diversas outras de suas iniciativas ao longo dos últimos anos.
   Ao destacar o potencial da economia criativa, o secretário fez uma analogia com o centenário da indústria no município, comemorado este ano: “E é exatamente aí que percebemos o quanto a gente pratica esse conceito há muito tempo. Afinal, o que não representaram ao longo desses anos, as nossas indústrias, senão células de promoção da economia da cultura?”
     David destacou ainda o fato de estar na função de secretário de Cultura do Município coincidindo exatamente com a nova etapa da Cia do Ar. ao instalar sua sede e, ainda, exatamente próxima à Secretaria. Ele brincou que a empresa será uma extensão física de sua Pasta. Destacando ainda as conquistas do setor no município, o secretário mencionou a recente inclusão no Sistema Nacional de Cultura, o funcionamento do Conselho Municipal, cuja presidente Scheila Santiago também estava presente, e a operacionalização do Fundo Municipal de Cultura. David falou com satisfação que, muito em breve, Nova Friburgo será o segundo município do Estado (depois de Petrópolis) “com todos os mecanismos de apoio e fomento do setor em pleno funcionamento”.


Ney Velloso: voz e violão abriu as apresentação da noite tipicamente friburguense

      Antes da apresentação do grupo instrumental Tócaz, encerrando a noite, Arnaldo Miranda também falou, inicialmente agradecendo a presença de todos os amigos. O artista fez um rápido retrospecto de sua atuação e destacou que a sua empresa, a Cia do Ar, é o somatório de diversos fatores.
     Ao agradecer as diversas parcerias e apoios, obtidas em sua trajetória, ele citou o escritor russo Dostoiévsk (“Ninguém se salva sozinho”) para complementar, relacionando nomes de sua equipe, colaboradores e parceiros, aos quais classifica como pontas de sua estrela: além de sua própria família, os apoiadores Gigalink e Frigodário/Perdigão; a mídia em geral, MidStúdio (Tiquinho Santos e José Antonio Noronha, o Cebola); o escritório de contabilidade de Antonio Carlos Asth; o diretor de audiovisual Ilson Junior (Singularidades), o cinegrafista e diretor de fotografia Sergio Martins; o arranjador e pianista Anderson Erthal, o jornalista Girlan Guilland (assessor de comunicação), arquiteta Jaqueline Asth, secretária Tatiely da Silva Rozalino e a colaboradora Rosária.


O grupo instrumental Tócaz também se apresentou na noite que marcou a inauguração da Cia do Ar.

Arnaldo e a turma do Tócaz Instrumental: noite de pura harmonia

A tela 'A Chegada' (acrílica) de Dirce Montechiari

Com a secretária da Cia, Tatiely da Silva
Girlan, Guilherme Peixoto, Amanda Calixto e Ar.
Ar, ao centro, reuniu familiares e amigos
  
  Com vertentes editorial, fonográfica e audiovisual, a empresa possui o selo editorial GirlamEditores e a editora musical FlamingoEdições, oferecendo desde produção de videoclipes, arranjos para músicos profissionais, partituras para registro na Escola Nacional de Música; edição de músicas (incluindo obtenção do ISRC - International Standard Recording Code); registro de videoclipes e DVDs junto a Agência Nacional de Cinema (Ancine) para obter o CPB - Certificado de Produto Brasileiro que habilita para participações em vários concursos, além de design gráfico e produções fonográficas e videofonográficas.


A fotógrafa Regina Lo Bianco (d) com o Secretário David Massena


Dalmo Latini (e), da 'Família Crou' fez performance especial e divertida
Colaboradores e parceiros, presentes na inauguração




A arquiteta Jaqueline, o contador Antonio Carlos Asth e Marco Gastim
Arnaldo (c), ladeado por Girlan, Sarah, Ilana, Rosi e Ílan
Foi uma noite de encontros, confraternização e amigos
Anderson Erthal, Gastim e Ar.

Flávia Schumacker e Ilson Junior, ladeando Arnaldo

Rosária, a arquiteta Jaqueline e Marlene (do Escritório Asth)

Arnaldo com as roteiristas do clipe de animação 'Flores da Serra': Izabella Greco e Paula Beatriz de Oliveira

quarta-feira, 18 de abril de 2012

CIA DO AR INAUGURA INSTALAÇÕES NO CENTRO

Será nesta quinta-feira, 19, com recepção às 19 horas na sobreloja  do Edifício Galeria Central, a inauguração das instalações da Cia do Ar. ações em cultura - o mais nova espaço de promoção da economia criativa da região serrana do Estado do Rio de Janeiro.
NA edição de AVS desta terça-feira, 17/04, uma matéria completa sobre esta iniciativa do artista e empeendedor cultural, Arnaldo Luis Miranda.
Além de instalar um birô de serviços à disposição da arte-cultura e dos artistas, a Cia do Ar também vai criar um banco de dados dos profissionais do setor. Trata-se do Cadastro Criativo, que pretende estabelecer uma rede integrando os 16 municípios da região e os seus profissionais.

http://www.avozdaserra.com.br/noticia/19077/apostando-na-economia-criativa

segunda-feira, 2 de abril de 2012

UM BRASILEIRO DE SORTE

      No próximo dia 12 de abril, ele completaria 81 anos. Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho faleceu no último dia 23 de março, após mais de um ano com complicações de saúde.
      Neste artigo, o poeta e músico friburguense Arnaldo Luis Miranda presta uma homenagem ao notável humorista que o Brasil consagrou como Chico Anysio. Leia. Vale a pena!!!! Publicado também em http://www.avozdaserra.com.br/noticias.php?noticia=18847  



Por Arnaldo Luis Miranda

Escrevo no calor da dor, para acalmar o coração e dizer da alegria e da honra de ter testemunhado, como fiel espectador ao longo de quase cinqüenta anos, a passagem de um gênio pelo mundo do meu tempo.
Amo a dramaturgia e, como muitos dessa época, que vai de meados do século passado até a primeira metade desse, que é quando mais ou menos devo também desaparecer (salvo precipitações de qualquer ordem), freqüentei e acompanhei, como espectador, atores geniais no exercício dessa arte maior e efêmera, que o cinema, depois a televisão, eternizaram de alguma forma.
Ali, na telona ou no tubinho, assisti performances memoráveis, de gente que aprendi a amar de longe pelo muito que me deu, sem que se pudesse sequer estabelecer os termos exatos daquela troca algo imponderável entre o ator e seu imenso público, agora em escala mundial.
E continuam a nascer e a se formar novas e novíssimas gerações dessa raça caída das estrelas que são os atores, basta pensar em Kate Winslet e Débora Secco para saber que a fábrica não fecha. Nunca.
Mas, eu não escrevo aqui, tangido pela dor, quebrado pela saudade, para falar de um ator, não se trata nem mesmo de um grande ator, mas, antes, para falar de alguém fora de série. Explico.
Atores ou criam tipos ou encarnam personagens, mergulham em histórias fechadas ou razoavelmente fechadas (caso de seriados e novelas de tevê) e, a partir dali, colocam o seu talento e a sua sensibilidade a serviço daquele tipo ou personagem mas, sobretudo, daquela história que contam junto com outros atores e ainda outros tantos profissionais que se envolvem com as deliciosas tarefas da narrativa dramatúrgica, essa forma do homem se ver no homem.
Chico Anysio não criou tipos nem encarnou personagens; como um deus, ele penetrou a alma e o coração das ruas do Brasil de seu tempo e deu à luz personalidades completas, todas encontradiças em nossas esquinas, praças e bueiros (local de assento do Justo Veríssimo, pois não?), repletas de estranha e complexa humanidade.
Não vou exercer a faculdade de comparação porque comparação não há com o que o Chico fez em sessenta e cinco anos de carreira, na travessia do rádio para a tevê. Como todo gênio, esqueceu-se a si em aspectos menores do seu talento incomensurável – como a música, a literatura e a pintura - para se descansar e por vezes, creio, escapar de si, mas, no essencial de seu exercício como artista, como humorista, no sentido duplo de redator e intérprete de seu texto, esqueça!
Estamos falando de um fenômeno que existiu por uma única vez à luz do mundo e fomos nós, os brasileiros de então, os privilegiados de seu testemunho. Sinto muito pelos povos que não o puderam amar ou gerar e não se viram, assim, interpretados por sua sensibilidade absurda.
Como bem disse o Boni [José Bonifácio de Oliveira Sobrinho], seu amigo de uma vida inteira, havia em Chico a inocência essencial do não julgamento, a mesma que prega o Cristo (e também, sem ênfase, o Profeta), apenas que pelo viés do riso, como que a provar que podemos e devemos ser críticos sobretudo quando amamos muito. Todavia, com doçura, com suavidade e compaixão. Veja! Principalmente os criticados se deliciavam com sua pureza (João Figueiredo ligava para reclamar carinhosamente de Salomé), muito embora não se corrigissem por suas críticas, que, afinal, não tinham esse poder, por óbvio, nem o pretendiam.
Chico nos espelhava a todos em sua alma abismal, abissal, quântica, e nos mostrava a nós 210 de nós mesmos, ele, inclusive. Pois também o somos, acredite! Por “increça que parível”, também nós, os idiotas da subjetividade, brasileiros rudes que abrimos as janelas de nossos carros caros para jogar lixo na rua, a patuléia complacente que sustenta esse Parlamento constrangedor e esse Judiciário sombrio, também nós temos algo e muito daquelas pessoas plasmadas por sua obra de gênio e uma chama mínima de sua própria presença, pois todos nós o compreendíamos perfeitamente e com ele nos deliciávamos também, sabíamos que crescíamos juntos a cada semana, a cada dia de aula na Escolinha do Professor Raimundo (o que pouco ensinava e muito aprendia) e que, de certa forma, aquilo tudo que ele fazia, o Chico em si, melhorava-nos a nós um pouco e muito. Não é mesmo, Biscoito? Ca-la-da! É mentira, Terta? Afe, ainda morro disso..
Os grandes atores levam os seus tipos ou personagens por tempo determinado, durante um período definido, depois, naturalmente, cantam para que subam, xô! Precisam se livrar daquela criatura construída meticulosamente como um Frankenstein melhorado, biológico e orgânico que seja, para seguir em frente e vivenciar nova experiência de criação e interpretação, é assim com todos os atores e grandes atores do mundo, no mundo todo. Menos com Chico.
Nele, viveu uma cidade completa, um mundo perfeito, um universo inteiro! Por anos a fio e ininterruptamente. Riso e inteligência em um mesmo corpo e espaço-tempo como já não vê tão habitualmente por esses dias de 2012. Foram-se todos, agora, como bem disse o “manchetista” de O Dia: Morreram Chico Anysio. É do que se trata, não menos. Apaga-se uma galáxia e seu intérprete. E ali vivíamos todos nós, brasileiros desse tempo, de modo perene e completo, sem julgamentos, com amor e compaixão extremos, o que só a beleza da inocência permite que assim o seja. Não algo raro, mas, antes, único.
E, no entanto, protegido pelo manto diáfano (não, não me refiro aqui ao pavilhão cruzmaltino) do quotidiano, o nosso demiurgo maior, intérprete re-criador da alma do povo brasileiro, praticou suas inúmeras conquistas amorosas (na minha pobre opinião, ele próprio inspirou-se o Silva, o bonitinho), pintou suas marinhas, cantou pa tu, criou uma penca de filhos, amparou a família e os colegas de profissão sob o seu largo guarda-chuva e distribuiu sua compreensão singular da vida como peixes aos famintos da grade de programação da TV Globo, sua morada definitiva e repouso das cinzas.
Aponte-me outro para o descanso de minha estupefação! Revele-me um igual romeno ou mesmo um parecido alemão ou semelhante turco, “oquei”, cite-me um inglês da City ou então um grande americano daqueles dos tempos em que os americanos queriam e gostavam de ser grandes, ou um italiano amigo do Fellini ou um espanhol amigo do Buñuel, alguém da turma do Bergman ou Woody Allen... não há, só Chico e mais ninguém como ele. Nem antes e nem depois.
Assim como um homem comum de outras épocas poderia dizer, estive na Terra ao tempo de Alexandre, o Grande, ao tempo de Aquiles, posso dizer, com satisfação extrema, estive na Terra ao tempo de Chico Anysio. Nas suas inigualáveis dimensões, em grandeza, brilho e magnificência, em sua extrema singularidade, creio mesmo que só possa somar à minha glória de mortal a presença igualmente intangível de Pelé, outro gênio único do tempo que me foi dado. Ou então, para pirar de vez o cabeção, um outro Chico. O Cândido Xavier (bom, mas aí já estamos falando de entidades da Luz, né?).
Fala sério! Que brasileiro de sorte sou eu, não? A alma banhada por tantas grandezas do espírito humano.
(25mar2012, ar.)